“…violações graves ou repetidas às nossas políticas sobre spam, práticas enganosas e fraudes.”
Recebemos o seguinte E-Mail do YouTube. Logo em seguida está nossa reflexão sobre o que consideramos um ato ditatorial desse gigante que abusa de seu poder.
Email do YouTube:
“Olá Adalberto Vasconcelos, da Brasilsec21,
Nossa equipe analisou o seu conteúdo e constatou violações graves ou repetidas às nossas políticas sobre spam, práticas enganosas e fraudes. Por esse motivo, o seu canal foi removido permanentemente do YouTube.
Entendemos que essa decisão pode representar um impacto significativo. No entanto, é fundamental para nós manter o YouTube como uma plataforma segura para todos os usuários. Quando identificamos que um canal viola de forma grave nossas diretrizes, ele é removido para proteger os demais usuários da plataforma.
Se você acredita que essa decisão foi tomada por engano, é possível entrar com um recurso. Mais informações sobre essa política e instruções sobre como recorrer estão disponíveis abaixo.
O que dizem as políticas?
Não é permitido publicar conteúdos que promovam spam, fraudes ou outras práticas enganosas no YouTube.
[Mais informações]
O que isso significa para o seu canal?
O seu canal foi removido permanentemente do YouTube.
Você não poderá mais criar nem possuir outros canais no YouTube, e também não poderá acessar canais existentes.
O que você pode fazer agora
Se desejar recorrer dessa decisão, siga estes passos:
- Leia atentamente as Diretrizes da Comunidade do YouTube.
- Envie um recurso por meio do formulário apropriado. É importante preencher o formulário de forma completa e não se esquecer de incluir a URL do seu canal:
https://www.youtube.com/channel/UCgu3Sn4ZKvNQz2J1Nrx-iJA
Se ainda tiver dúvidas, entre em contato conosco.
Atenciosamente,
A equipe do YouTube“
A seguir, apresentamos nossa reflexão sobre o que consideramos um ato de caráter ditatorial:
Reflexão sobre o ato autoritário do YouTube
Imaginemos uma situação onde o YouTube seria alvo de ato ditatorial: que o governo brasileiro enviasse um e-mail semelhante ao do YouTube, proibindo a plataforma de atuar no país, exigindo sua retirada imediata sob a alegação de que estaria infringindo leis brasileiras — mas sem indicar como, quais artigos ou parágrafos da legislação nacional teriam sido violados.
Certamente, o YouTube não aceitaria passivamente tal medida e usaria seu poder econômico e jurídico para exigir explicações e reparação, com base no princípio da transparência e do devido processo.
No entanto, é exatamente isso que o próprio YouTube faz com seus usuários: julga, condena e pune, sem apresentar provas, critérios ou transparência. A empresa age como um tribunal privado, sem contraditório, sem defesa e sem clareza.
No meu caso, a empresa alegou que meu canal teria cometido “violações graves ou repetidas às políticas sobre spam, práticas enganosas e fraudes”, mas não informou quais vídeos ou publicações se enquadrariam nessas acusações.
Em nosso caso, os conteúdos do canal foram retirados de veículos jornalísticos reconhecidos, como O Globo, TV Globo, Gazeta do Povo, O Estado de S. Paulo, entre outros — todos de acesso público, citados corretamente e com créditos de autoria e direitos reservados. Além disso, havia vídeos autorais, em que discutimos os defeitos de nossa democracia, os males da corrupção e a necessidade de uma cidadania crítica e consciente. Nada disso pode ser classificado como “spam”, “fraude” ou “prática enganosa”.
Todo o material publicado tinha como objetivo informar e contribuir para o esclarecimento da sociedade, jamais enganar, fraudar ou difundir desinformação.
Por isso, entendemos que o ato do YouTube configura um abuso de poder e uma forma de censura privada, praticada por uma empresa que se coloca acima das nações e das leis, decidindo, de forma unilateral, o que pode ou não ser dito.
Não pretendo recorrer da decisão, pois nunca criei o canal em busca de curtidas ou monetização, mas sim por um compromisso ético com a verdade e o debate público. Contudo, preocupa-me profundamente o impacto desse tipo de atitude sobre milhares de brasileiros que dependem da plataforma para sustentar seus projetos ou complementar sua renda — e que, de um dia para o outro, podem ser apagados sem explicação.
Todo o conteúdo do canal removido será disponibilizado em breve em uma nova plataforma, no Vimeo, onde continuará servindo ao seu propósito original: informar, educar e inspirar o cidadão brasileiro na luta contra a corrupção e pela democracia.
Brasilsec21.com (Brasil no Século 21 – Ordem e Progresso)