A década de 1980 é frequentemente referida como a „década perdida“ para o Brasil devido a dívida externa, déficits fiscais e a instabilidade inflacionária. As consequências das desatrosas políticas de desenvolvimento econômicos e socias das décadas de 60 e 70 com despresos do nordeste e norte do Brasil provocaram uma forte crise econômica em todo o Brasil, a inflação galopava na casa dos 100 % ao mês. Para o nordeste, aos fatores econômicos da crise somaram-se o fator do clima e juntos multiplicaram o sofrimento dos brasileiros da região que, historicamente, desde 1889, é tratada com grande relaxamento.

A cultura política brasileira impediu o Brasil de se desenvolver industrialmente e de se fortalecer economicamente de forma continuada. A boa Ordem e o bom Progresso nunca tiveram uma continuidade que os fortalecesse de forma sustentável. A terríel crise econômico que fêz toda a década de 80 se tornar a „década perdida“ se iniciou na década de 60 quando os políticos brasilerios se deram o luxo de por em prática um plano de desenvolvimento com alto endividamento externo do Estado para fomentar um desenvolvimento econômico que por pouco tempo trouxo algum resultado e por isso foi denominado de „milagre econômico“. Porém, nem mesmo tal „milagre“ foi um milagre de verdade, pois o fundamento dele era podere (dívidas, inflação, segragação e desigualdade social e falência do Etsdao na década de 80). Dos anos 60 aos anos 90 o gigante brasileiro foi enjaulado e controlado por brasileiros incompetentes nos três poderes e pelo capital internacional.
Década de 60 – trabalho político com péssimos resultados para os brasileiros
Os anos 1960 foram o período de maior turbulência na história política do país desde 1889. A herança dos Braganças (monarcas do Brasil) continuava surtindo efeito negatvo, desta vêz provocando grande sofrimenteo para a maior parte dos brasilerios, pois a economia brasileira tinha um bom crescimento com a industrialização do Brasil se concentrando principalmente no Sudeste, enquanto nas outras regiões ele era muito desigual. No plano econômico, era a primeira vez que o país enfrentava uma inflação de dois dígitos e um brutal endividamento do Estado em razão da criação de Brasília.
Houve a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar. O militares tomaram vários empréstimos no exterior para contruir a Rodovia Transamazônica, a Usina Hidrelétrica de Itaipu e a faraônica Ferrovia do Aço.
Da Ferrovia do Aço, restaram, essencialmente, obras inacabadas e um terreno que, apesar de leiloados, não foram vendidos. A linha, que era prometida a ser concluída em poucos anos e ficou conhecida como „Ferrovia dos Mil Dias“ que era o total de dias previstos, mas ela consumiu mais de 5.000 dias, não chegou a ser finalizada, resultando em túneis, pilares de viadutos e outros elementos construídos que nunca foram utilizados. A Ferrovia do Aço tornou-se um símbolo de desperdício e obras abandonadas no Brasil. Ela custou aos brasilerios aproximadamente US$ 4 bilhões, um valor que superou em mais de cinco vezes a previsão inicial de US$ 743 milhões.
Década de 70 – milagre econômico enganoso e com péssimos resultados para os brasileiros
A economia brasileira iniciou os anos 70 ainda na onda do chamado “milagre econômico”, com taxas de crescimento do PIB na casa de dois dígitos (11,4% em 1971, 11,9% em 1972 e o recorde, nunca superado, de 13,9% em 1973). Mas não demorou muito para esse milagroso desenvolvimento econômico deixasse de ter a aparência de milagre. Seus fundamentos eram podres: dívidas, dinheiro alheio.
O “milagre econômico” teve início em 1968, quando o então ministro da Fazenda, Antônio Delfim Netto, adotou uma política de reorganização do sistema financeiro e uma retomada do investimento público em infraestrutura. Essa „moderniação“ facilitava o endividamento externo e interno, ou seja, os bancos vendiam dinheiro aos montes e cobravam juros sobre juros quando os clientes atrazavam o pagamento. Nas empresas brasileiras o salário quase não mais era aumentado (no alto escalão dos tres poderes recibia-se excelentes rendas e pensões). As empresas brasileiras se endividaram e procuraram minimizar os custos, principalmente os custos fixos como é o salário. O poder aquisitivo do empresariado e da classe média estava baseado em dívidas, isso possibilitou em construções de fábricas de bens duráveis e o aumento do consumo interno de tais bens, especialmente eletrodomésticos e automóveis, mas ao mesmo tempo implicou no aumento das dividas das empresas e dos consumidores. O plano de Delfim neto e dos governos militares foi muito bom para os bacos nacionais e internacionais.
Nesta década o Brasil escancarou seu mercado interno para empresas estrangeiras investir e produzir nele. Muitas multinacionais se instalaram, muito capital estrangeiro veio para o País e o governo federal distribuiu bastante incentivos (principalmente redução de impostos, deixando de arrecardar). Mas o governo tinha dois grandes problemas que ele não resolvia e que persistia há décadas: a inflação crescendo rapidamente (10% a 15%/ano) e a visível desigualdade social por terem desprezado várias regiões do Brasil, principalmente o nordeste.
Em 1973, porém, houve uma reviravolta no cenário mundial com a primeira crise do petróleo. Países capitalistas que comamdavam a economia do hemisfério ocidental entraram em recessão quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) triplicou o preço de sua matéria-prima. Tal medida dos árabes aconteceu por dois principais motivos, em retaliação aos Estados Unidos, pelo fato deles terem apoiado Israel na guerra do Yom Kippur e pela descoberta de que o petróleo não era um combustível renovável.
O Brasil importava mais de 80% do petróleo que consumia e isso omcolocava em situação de desespero. O governo decidiu racionar o consumo do combustível e acelerar a tomada de empréstimos no exterior para investir no país, na esperança de assim superar a crise gerando receitas das medidas de industrialização relâmpago. O governo do General Médici havia chegado ao final de seu mandato e estava pronto para passar o bastão ao General Ernesto Geisel, que tomou posse em 1974.
O General E. G. Médici não escondeu quando em 1974 durante uma entrevista afirmou que “a economia vai bem, mas o povo vai mal”. O desprezo para com o ser brasileiro ainda era uma constante na cultura política herdada da monarquia pela república e por esta praticada com afinco. Quanto mais observa-se em direção ao nordeste, mais óbvia fica tal prática. Por isso mesmo, o impacto dos resultados negativos dos trabalhos políticos são mais crueis para o brasileiros do nordeste.
Ao final da década de 70, dos mais de 100 milhões de brasileiros, mais de 80% deles possuem quase nada ou nenhum bem. 40% dos adultos e 72% das crianças brasileiras são pessoas desnutridas – são 40 milhões de pessoas sem o suficiente para se alimentar. Mais de 300.000 novos casos de tuberculose ocorrem a cada ano. Um milhão de pessoas são afetadas pela hanseníase. Onze milhões são doentes mentais.
Isso indicava uma enorme desigualdade social e econômica, com poucos detendo a maior parte da riqueza, no sul e sudeste concentravam-se os investimentos internacionais. A ditadura militar brasileira (1964-1985) implementou políticas econômicas que favoreceram a concentração de renda e o crescimento de desigualdades. A falta de investimento em saúde e educação e a corrupção contribuíram para agravar tal situação social de forma profunda na década de 80.
Em parte os brasileiros são forçados a trabalhar nas fábricas estrangeiras de 12 a 18 horas por dia se não quer morrer de fome. Com 1,8 milhões de acidentes do trabalho por ano (5 mil por dia), o Brasil detinha o triste recorde mundial de acidentes de trabalho. Tudo isso por um salário fome. Após dez anos de ditadura militar, os salários dos brasileiros trabalhando nas fábricas em 1974 eram mais baixos do que 1964, quando a ditadura começou, pois a inflação detonava seu poder de compra.
As indústrias estrangeiras lucravam mais do que no seu país de origem. No relatório do balanço anual da alemã BASF de 1976 consta o seguinte: «O desenvolvimento dos negócios no Brasil. . . foi particularmente agradável”. Diversas empresas alemães se aliaram ao governo militar contra os brasileiros. Por exemplo, a querinha dos brasilerios por muitas décadas, a Volkswagen (VW) não apenas foi conivente com a ditadura, mas colaborou ativamente com o governo militar, espionando e perseguindo seus próprios trabalhadores e fornecendo informações à polícia sobre atividades sindicais e greves. Essa colaboração teve graves consequências para os trabalhadores que eram levados para brutais interrogatórios.
Enquanto a produção e os lucros das grandes multinancionais instaladas no Brasil cresciam, os trabalhadores brasileiros ficavam sem o positivo impato desses crescimentos. A Alemanha com sua economia essensialmente de exportação, pois seu mercado interno é minúsculo para as receitas e os lucros que objetivava, apoiava a instalação de empresas alemães no Brasil. Até 1974, mais de 400 empresas alemãs, japonesas, estadunidenses e francesas já haviam se instaladas no Brasil. Mesmo assim o desemprego no Brasil aumentava!
Em 1971, 3.248 pequenas e médias empresas faliram somente em São Paulo; em 1972 foram um total de 4.777. As empresas estrangeiras, principalmente dos grupo que iria se formar mais tarde, o G/7, com apoio de seus governos criaram a situação para tais empresas desaparecerem do mercado. Em 1971, foram vendidas 701 empresas e em 1972 778 a preços ridículos. Nas regiões de imigração alemã, os brasileiros de descendência alemã era favorecidos pelas empresas alemães (empregos) e pelo capital alemão (fundar empresas para cooperar com uma indústrai alemã no Brasil). Várias empresas foram fundadas na região de imigrantes alemães e passaram a atuar num sistema de simbiose com as empresas alemães. Em 1980 o Brasil possuía o maior parque industrial alemão do mundo, nem mesmo na Alemanha existia uma concentração de empresas alemães como no Estado de São Paulo, são cerca de 1200 empresas alemães. Em São Paulo existe a maior escola alemã no exterior e um dos maiores centro cultural alemã, o Instituto Goethe. A câmara bilateral de indústria e comércio Brasil-Alemanha é a maior do mundo. Correspondentemente esse poder alemão dentro do Brasil pode manter o Deutschtum ativo preferindo brasileiros de descendência alemã para suas organizações de tods natureza (Deutschtum ou seja Germanidade sempre importou muito para os alemães e seus descendentes em toda parte do mundo).
O Brasil, apesar de ser soberano, no papel, havia sido entregue pelo seu próprio governo a uma nova forma de colonialismo, o capital internacional governa o país, tudo acontecia a seu gosto. Alias, desde a monarquia a situação era assim. Comparado com o colonialismo predatório do passado, apenas os métodos mudaram. O endividamento do Brasil com o capital estrangeiro cresceu ano a ano até a falência do Estado na década de 80. O regime militar protegia todos esses investimentos estrangeiros de quaquer risco de redução de seus lucros, por isso mesmo ele obteve massivo apoio e de forma tão confiável, por exemplo, do governo da Alemanha: empréstimos alemães, armas alemãs, cursos para oficiais brasileiros nas escolas superiores da Bundeswehr (exército alemão), tecnologia alemã para a bomba atómica brasileira, bolsas de estudos para membros das elites brasileiras, etc.. O governo da Alemanha havia se tornado um dos pilares mais estáveis da burguesia brasileira.
Equanto a maioria do brasileiros amargurava as consequências de tal política de desenvolvimento econômico, que gerava segregação social, o setor público compreendido por membros do alto escalão dos três poderes e por políticos, bem como o setor dos bancos não sofreram com o impacto desses resultados. O dinheiro dos empréstimos internacionais endividavam o Brasil, mas uma boa parte era repassada de forma bem generosa para militares e membros dos três poderes do Estado militar brasileiro. O nepotismo durante todo o período da ditadura apesar de ser ilegal, era praticado abertamente. A falta de fiscalização e de punição efetiva permitiu que essa monstruosidade se tornasse comum. Somente na Constituição Federal de 1988 foi estabelecido a vedação do nepotismo e a importância da valorização do mérito para o ingresso e promoção na função pública. A Lei nº 8.112/90 também proíbe o nepotismo e define as sanções aplicáveis aos servidores que o praticarem. Mas o mal do sistema é fote e inacabável: falta de fiscalização e de punição efetiva. Somente o cidadão comum sofre as consequências do estado de „direito“
O nepotismo e outros tipos de corrupção, apesar das leis que o proíbem, é praticado normalmente, sem que nem mesmo o STF tenha feito algo efetivo para corrigir tais práticas. Abaixo um trecho de uma matéria recente da Revista Veja que trata desse assunto.



O curto surto do chamado milagre econômico entre 68 e 73 não foi um milagre, foi um faz-de-conta antes da desgraça nos anos 80
Década de 80 – os resultados dos trabalhos políticos foram ainda mais desatrosos
Os anos 80 se iniciaram com o Brasil endividado e caindo em cheio numa desgraça econômica, superando a maior de sua história (vêr acima a década de 60). Os planos de desenvolvimento econômico do Brasil sempre form feitos sem sustentação estratégica, ou seja, de sustentação continuada. Eles eram algo para gerar esperanças na população, sempre depois de uma crise iventava-se um plao econômico que iria catapultar o Brasil ao seu devido lugar no mundo. Os brasileiros eram forçados a acreditar, não tinham outra opião a não ser a fé no divino e nos políticos. A massa dos brasileiros era muito pobre.
O Plano para gerar o „milagre econômico“ brasileiro foi impulsionado por endividamento externo. Esse „Milagre“ econômico brasileiro, ocorrido entre 1968 e 1973, teve como um dos seus principais resultados um aumento significativo da dívida externa do país. Os governos da ditadura acrteditavam que investindo rapidamente, por exemplo, em em infra-estrutura de transportes seria possível catapultar o Brasil à uma posição de país desenvolvido em pouco espaço de tenpo. O risco de falência do Brasil, dando um pulo gigantesco como o que estava planejado, era muito grande. Mesmo assim o fizeram.
Eles desvalorizaram a moeda brasileira em relação ao dólar para tornar os produtos brasileiros (sobretudo matéria-prima do subsolo e da agricultura) mais acessíveis no mercado internacional, para gerar demanda. O governo oferecia incentivos fiscais às empresas que investiam em exportações e em setores estratégicos, ou seja, deixava-se de arreacars importos e ainda subsidiava na marra alguns setores com dinehrio emprestado do exterior. O setor bancário prosperou e atraiu a criação de novos bancos e instrumentos financeiros para financiar todo tipo de crescimento. Foi uma época área para os bancon no Brasil e no exterior.
Para financiar as gigantescas obras de infraestrutura e o crescimento industrial, o Brasil contraia sistematicamente empréstimos de bancos internacionais e de governos estrangeiros e não conseguia crescer como os políticos acreditaram. O crescimento econômico impulsinado por dívidas gerou na contra-partida um aumento crônico da dívida externa que não se conseguia parar. A dívida externa brasileira logo se tornou um monstro, exigindo renegociações e medidas absurdas para controlá-la. O Brasil veio praticamente à falência e provocou um sofrimento desnecessário aos brasileiros. Os políticos faziam o que eles mais sabem fazer, até os dias de hoje: gerar esperança na alma brasileira e decepcioná-los.
Diversos planos econômicos (gráfico mais abaixo) foram experimentados, sem sucesso, e o sofrimento do brasileiros havia tomado dimensões infernais, principalmente do nordeste do Brasil.
Mas, no Brasil somente sofrem aqueles que não fazem parte dos governos e das elites apoiadoras. Nesta época de falência do Estado e de muito sofrimento para a maioria dos brasileiros hove uma concentração de renda em alguns segmentos da sociedade provocando uma desigualdade social ainda maior.
Os três poderes e as elites apoiadoras nunca sofreram as consequência dos resultados do trabalho político
Muitos segmentos da sociedade brasileira enriqueceram, apesar da crise histórica: setor público, bancos, etc.. No setor público, por exemplo, a pensão vitalícia para governadores, seus cônjuges e filhos que havia sido instituída nos anos 60 continuou sendo paga e bem corrigido acima da inflação: militares e servidores públicos dos altos escalões, incluindo os governadores.
A lei que estabeleceu essa pensão foi a Lei nº 3.765, de 4 de Maio de 1960. Essa lei previa ainda a concessão de pensão vitalícia aos cônjuges e filhos dos governadores falecidos, no valor do salário do governador. Tal lei ainda é válida em grande parte, mas sofreu alterações e adaptações ao longo dos anos, especialmente com a edição da ADIN 574-0 em 1993. Este ADIN 574-0 estabeleceu que a filha de militar não precisa ser solteira para ter direito à pensão vitalícia, ela pode ser casada ou com união estável e mesmo assim tem direito à pensão vitalícia.
Na década de 80 o resultado negativo do trabalho político brasileiro se auto-superou …e trouxe sofrimento para os brasileiros nunca outrora existentes em suas vidas
Os resutados do trabalho político já havia destruído muitas gerações de famílias brasileiras nas décadas de 60 e 70. Mas agora, na década de 80, eles traram um verdadeiro inferno. O Brasil se tornou o país mais endividado do mundo, em dólar norte-americano. A moeda do Brasil se maxi-desvalorizou sistematicamente gerando uma hyper-inflação jamais conhecida no Brasil.
Os gigantes planos geraram gigantes dívidas, uma gigante inflação e um mosntruoso sofrimento para os brasileiros, principalmente no nordeste do Brasil.
Um país rico e precioso como o Brasil estava falido e aprisionado nas armadilhas da própria ignorância e da ganância de seus políticos. O encadeamento dos continuados resultados negativos dos trabalhos políticos, por um lado, não impediu o Brasil de gerar lucros exorbitantes para muitas empresas brasileiras (ex. bancos) e seus parceiros no exterior (dois deles espionaram o Brasil por décadas talvêz obtendo informações para afundar o Brasil ainda mais na sua própria desgraça, e o Brasil precisou pagar por isso ainda) e, mesmo altamente endividado, continuou distribuindo excelendes renda a militares, políticos e outros membros do alto escalão dos três poderes do Estado. Por outro lado, os resultados do trabalho desses políticos destruíu sólidas existêcias, vidas de brasileiros que trabalhavam árduamente para sobreviver dignamente, educar seus filhos, usufruir de uma certa tranquilidade num país lindo e maravilhoso que é o Brasil.
O sofrimento na década de 80
O Brasil demonstrou nesse período de sofrimento que o brasileiro não tinha muito valor para o país. Foi justamente quando a inflação corroía aceleradamente o poder de compra dos brasileiros, que o governo militar resolveu forçar ainda mais essa desvalorização aumentando os incentivos para exportações na desatroza esperança de fazer a receita crescer. Constantemente o governo anunciava uma nova maxidesvalorização de nossa moeda perante o dólar e assim constantemente nos desesperávamospatra pagar as contas. Tudo ficava rpidamente muito mais caro: aluguel, enérgia, telefone, combustível, alimentos, etc.. Nossos hábitos de consumo foram alterados, o jeitinho brasileiro foi otimizado em favor da sobrevivência. A estocagem de produtos básicos, como por exemplo, a carne, o café, o açucar, o arroz eram comprados em grande quantidade, sempre nos primeiros dias úteis do mês, pois os pagamentos de salários eram feitos no final de cada mês. No início de cada mês, os supermercados eram tomados por multidões de brasileiros apressados para conseguir fazer compras essenciais antes que os preços aumentassem. Era muito comum dos preços serem alterados em espaços de poucas horas várias vêzes ao dia. Todos os brasileiros buscavam formar depósito de vários tipos de produtos. Era necessário comer e ganhar dinheiro. Quem estocava, conseguia fazer as duas coisas. Mas o governo da ditadura militar ainda considerou que a melhor maneira de enfrentar os problemas gerados por ela, foi tirar o poder de compra da população mais rapidamente para aumentar as exportações ao exterior em detrimento do abastecimento interno.
Dados do IBGE, coletados nos anos de 1974 e 1975, apontavam que 67% da população brasileira passava fome. Em 1983, o livro-documento Genocídio no Nordeste estimava que 700 mil pessoas morreram na região nordeste por causa da falta de comida. A indignação diante da mortalidade, sobretudo infantil, entre 1979-1983 foi acompanhada de impotência. Tal sêca matou também quase todos os tipos de animais, inclusive os selvagens. Os donos de plantações e de criação de animais perderam tudo e empobreceram, os campezinos se alimentavam de mandacarú, um tipo de cáctos que armazena água. Boa parte da população morreu de fome ou de consequências da sêca e a falta de empregos e de renda levva muitos brasileiros ao suicídio. Enquanto isso, um político aliado a José Sarney importava vacas da Holanda e as mantinha em seu curral com ar condicionado.
No sul e sudeste do Brasil um sindicalista dos metalúrgicos gerava fortes esperanças nas almas de milhares de brasileiros, ele prometia acabar com a desigualdade social, gerar a Ordem em que o Progresso econômico e social do Brasil aconteceria e possibilitaria uma distribuição mais justa da riqueza do Estado brasileiro.
O picos da inflação entre 1979 e 1995

Fonte: Inflation.eu e Brasil de Fato
Os políticos desenvolviam e implementavam Planos Econômicos que não surtiram efeitos.

Fonte: Agência Senado
Aos anos 80 se sucederam os anos 90. A crise perdurou até meados dos anos 90, depois, com os resultados positivos do Plano Real, o Brasil passou a se recuperar. Porém os milhões de brasileiros e suas famílias ainda hoje buscam se recuperar. Só no período entre 1980 e 2000 a taxa de suícidio de brasileiros tinha crescido 21% (de 3,1 para 4,0 por 100,000 habitantes). Os homens e os idosos forsm por um bom tempo a maioria dos casos de suicídio no Brasil, porém o número de casos de suicídio de jovens adultos entre 15 e 24 anos de idade cresceu estrondosamente (1.900%) nestas duas décadas.
Política irresponsável destroi e mata mesmo depois do Brasil se recuperar
Os brasileiros, sobreviventes das consequências dos trabalhos políticos da décadas de 60, 70, 80 e 90, tinham a esperança de que o Brasil iria finalmente se posicionar como um país economicamente poderoso ao nível de seus gigantescos potencias, que o estado téria mais senso de ética e que a distribuição de renda seria bem mais justa, estariam empoderados com bons serviços públicos de saúde, segurança pública e de educação.
Os políticos geram as leis que eles precisam, premeditadamente relaxando o bem-estar do brasileiros, seus empregadores

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Fonte: Folha de São Paulo, 02.10.2023
Interessante maneira de pensar: „...já recebiam pagamentos antes de a corte considerar ilegal„. Se a coisa funcionar mesmo assim, nunca superaremos tal imoralidade na adminsitração pública