A história do nepotismo no Brasil é tão antiga quanto a própria história do país. Desde os tempos coloniais, a prática de favorecer parentes e amigos em cargos públicos e empregos foi comum, sendo uma forma de assegurar lealdade e influência. Embora a Constituição Federal e a legislação brasileira proíbam o nepotismo, a prática persiste em diferentes níveis da sociedade, especialmente na administração pública.

Período Colonial:
- A Carta de Caminha, documento que relata a chegada dos portugueses ao Brasil, contém um pedido de favor a um genro, o que pode ser interpretado como um dos primeiros exemplos de nepotismo documentados no país.
A monarquia portuguesa, com seu sistema absolutista, incentivava a nomeação de parentes dos membros das eleites poiadoras (forças armadas, fazendeiros e igreja) para cargos importantes, o que facilitava a consolidação do poder e a distribuição de recursos.
República:
- Com a proclamação da República em 1889, houve a expectativa de que o nepotismo fosse reduzido, pois a república fêz uso do ideal republicano de Ordem e Progresso, mas isso não ocorreu na prática. Aqui ele foi prarticado fervorosamente.
A influência de grandes famílias e a cultura do personalismo continuaram a impulsionar a prática de favorecer parentes e amigos, mesmo em cargos públicos. O governo de Getúlio Vargas, no entanto, foi um dos primeiros a tentar enfraquecer o nepotismo, implementando medidas para garantir que os cargos públicos fossem ocupados por pessoas com mérito.
Século XX e XXI:
- Apesar da proibição constitucional e da legislação, o nepotismo continua a ser uma prática comum no Brasil, especialmente na administração pública, onde a influência e o poder político muitas vezes prevalecem sobre o mérito.


Casos de nepotismo são frequentemente denunciados e investigados, mas a prática persiste, revelando uma cultura de favoritismo e privilégio. A discussão sobre o nepotismo envolve a análise de critérios de nomeação, a importância do mérito e a necessidade de garantir uma administração pública mais justa e transparente.
Conclusão:
A história do nepotismo no Brasil é complexa e marcada pela persistência de uma prática que contraria os princípios da igualdade e da meritocracia. Embora a Constituição Federal e a legislação brasileira proíbam o nepotismo, a prática continua a ser uma realidade em diferentes níveis da sociedade, especialmente na administração pública, onde a influência e o poder político muitas vezes prevalecem sobre o mérito.
