
O combate à corrupção não possuí a força dos corruptos nos 3 Poderes – o combate à corrupção no Brasil nunca foi levado a sério pelos líderes nos altos escalões dos 3 Poderes
Inventa-se um pacote de medidas de combate à corrupção, mas na verdade não se deseja combater a corrupção com a devida eficácia. Engana-se a perçepção de seriedade dos eleitores, estes que por natureza possuem memória curta.
Vamos mudar o Brasil! Tudo depende de sua atitude individual. Grave os nomes e em 2026 não vote em quem tem histórico de corrupção!

“Os deputados federais aprovaram na madrugada desta quarta-feira um texto que na prática derruba o projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção, apresentado pelo Ministério Público Federal. Após sofrer algumas alterações na comissão especial que debatia o tema, inclusive com a adição de alguns pontos propostos pelo relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o plenário da Câmara aboliu medidas consideradas chave no projeto. As mudanças foram tão profundas que a força-tarefa da Operação Lava Jato ameaçou renunciar coletivamente caso o texto seja aprovado pelo Senado. Entre os principais pontos do projeto do MPF que foram abolidos estão propostas para evitar a impunidade de políticos e empresários, como a tipificação do crime de enriquecimento ilícito e mudanças na lei de prescrição e penas. O confisco de bens obtidos de forma ilegal, sugerido pelos procuradores, também foi derrubado pelo plenário.”
Fonte: El Pais, 01 DIC 2016 – 16:03 CET>>>
“Janot diz que votação na Câmara foi “um massacre”. Além disso, o procurador-Geral da União afirmou que a manobra de Renan Calheiros foi [então presidente do Poder Legislativo] “inacreditável””
Sobre a votação na Câmara, Janot afirmou que “as 10 medidas contra a corrupção morreram e, ao invés delas, o que veio foi um instrumento de pressão sobre o Ministério Público e a magistratura”. “O que houve foi um massacre.”.”
“Me recuso a acreditar que tenha havido uma manobra para, abusando do cargo que exerce, conseguir algum retorno para si próprio”, disse Janot, em entrevista por telefone ao jornal O Estado de S. Paulo, citando o julgamento de Renan pelo Supremo Tribunal Federal (STF) previsto para acontecer nesta quinta-feira (1º/12).”
“Restou algo original das 10 medidas defendidas pelo Ministério Público?
O que a Câmara fez foi absolutamente dizimar as 10 medidas. Não existem mais, acabou tudo. O que houve foi um massacre. Houve a recusa pela recusa. Todas as medidas foram rechaçadas. Essas medidas não se destinavam exclusivamente à investigação e combate à corrupção, mas à investigação do crime organizado, de terrorismo. Eram instrumentos penais importantes para atuação do MP também em corrupção, mas não só. Eu fico estarrecido quando a Câmara não tem a sensibilidade de entender o que o povo quer. Foram 2,4 milhões assinaturas e milhões de manifestações de pessoas aprovando essas medidas. Sempre disse: essas medidas não são ponto de chegada, são ponto de partida. Se existem dúvidas, vamos aperfeiçoar. Agora, não vamos aniquilar. O que houve foi o não pelo não. As 10 medidas contra a corrupção morreram e, ao invés dela, o que veio foi um instrumento de pressão sobre o MP e magistratura.”
Fonte: Metropoles, 01/12/2016 >>>